Dr. Jairinho é expulso do Conselho de Ética e do partido e tem salário cortado na Câmara

Parlamentar foi preso por suspeita de assassinar o enteado dele, Henry Borel.
Preso pelo óbito do enteado, o menino Henry Borel, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) foi excluído, no fim da tarde desta quinta-feira (8), do Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do Rio.

A eleição no conselho foi unânime. O vereador igualmente decidiram solicitar ao Judiciário os autos da averiguação que determinaram a prisão para uma “possível petição contra o parlamentar”.

Mais cedo, Jairinho já havia sido excluído de seu partido, a Solidariedade, teve a remuneração na Câmara cortado e pode ter o mandato suspensos. Conforme mostrou o RJ1 nesta quinta-feira (8), o estatuto da Casa prevê que, a partir da prisão, vereadores passam a não recepcionar os vencimentos enquanto estiverem na cadeia. Afora disso, a partir do 31º dia preso, os parlamentares igualmente são formalmente afastados do mandato.

Em nota, a Câmara informou que, “embora inexista, até o instante, representação formulada no Conselho de Ética [da Câmara], será dada toda celeridade que o caso exige”.

“Em informação da prisão, o vereador tem seu salário imediatamente, suspenso e fica formalmente retirado da incumbência a partir do trigésimo primeiro dia, na forma do art. 14 do Regimento Interno”, diz o texto.

Relembre o caso

Henry foi conduzido pela mãe e pelo padrasto a um hospital da Zona Oeste do Rio, na madrugada do dia 8, já sem vida. O corpo tinha hemorragia e edemas.

Na manhã desta quinta-feira (8), o casal foi preso por atrapalhar as investigações e por intimidar testemunhas para ajustar versões, conforme a polícia. Embora o inquérito ainda não tenha sido concluído, a polícia acredita que Henry foi assassinado. Falta compreender como o crime foi cometido

A polícia suspeita que Jairinho tenha atacado a criança e que a mãe sabia. Investigadores igualmente acreditam que, semanas antecedentemente da morte, Henry foi torturado pelo vereador, igualmente com conhecimento da mãe.

O G1 tentou contato com a defesa do casal, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Até então, eles negavam qualquer envolvimento com a morte de Henry.
Fonte G1