Quem é a mãe de Pelé, que tem 100 anos e mora em Santos

Dona Celeste, mãe de Pelé, completou 100 anos recentemente, surpreendendo muitas pessoas que acreditavam que ela já havia falecido. Ela é casada com João Ramos do Nascimento, um jogador de futebol mineiro, e tem três filhos: María Lucia, Jair e Edson. Edson, mais conhecido como Pelé, é um jogador de futebol lendário no Brasil, tendo conquistado três Copas do Mundo e revolucionado o esporte. Infelizmente, Pelé faleceu em 29 de abril de 2021 em São Paulo.

Pouco se sabe sobre Celeste Arantes do Nascimento, mãe de Pelé, mas ela é lembrada por ter embalado os sonhos do filho quando ele ainda não havia se tornado famoso como o Rei do futebol. Em 20 de novembro, enquanto todos se concentravam na abertura da Copa do Mundo do Catar, Pelé comemorou o centenário de sua mãe. “Desde pequeno, ela me ensinou o valor do amor e da paz. Tenho mais de cem motivos para agradecer por ser seu filho. Compartilho essas fotos com muita emoção para comemorar este dia. Obrigado por cada dia ao seu lado, mamãe”, declarou o jogador, que foi campeão mundial nas Copas de 1958, 1962 e 1970.

Dona Celeste vive longe dos holofotes em Santos e é cuidada por sua filha Maria Lúcia, que é a única filha viva após a morte de Pelé. Ela se casou com João Ramos do Nascimento, conhecido como Dondinho, um jogador de futebol mineiro que atuou pelo Atlético Mineiro. Juntos, tiveram três filhos: María Lucia, Jair (também conhecido como Zoca) e Edson (mais conhecido como Pelé). Celeste teve Pelé aos 18 anos, em 23 de outubro de 1940, na cidade mineira de Três Corações.

 

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De acordo com a lenda, Dona Celeste foi quem recebeu uma visita importante na década de 1950 de Waldemar de Brito, um caçador de talentos que já havia participado da Copa do Mundo de 1934 na Itália. Ele convenceu Celeste a deixar que seu filho, Dico (primeiro apelido de infância de Pelé), deixasse seu emprego em uma fábrica de calçados e ingressasse no Santos. Dona Celeste inicialmente resistiu, preocupada com a distância e quem cuidaria de seu filho se ele ficasse doente. No entanto, depois de receber promessas de cuidado, ela concordou em deixá-lo ir. Essa cena foi reproduzida no documentário “O Rei Pelé” de 1962, no qual Celeste atuou como ela mesma.

Muitos anos depois, outro cortesão procurou Dona Celeste pedindo sua ajuda. Em 1999, após ocupar o cargo de Ministro do Esporte no governo de Fernando Henrique Cardoso, Pelé queria se tornar presidente do Santos. José Fornos Rodrigues, assessor dele, se dirigiu a Celeste. Rodrigues lembra que disse a Dona Celeste que seu filho estava sonhando com isso, mas que ele deveria “estar acima do bem e do mal” e que ser presidente não era adequado para ele. Rodrigues afirmou que às vezes Pelé sonhava e que ele o “abaixava no chão, puxava a perna dele”.

Na ocasião, Pelé homenageou sua mãe, dando seu nome a um dos gêmeos que teve com sua segunda esposa, Assíria Seixas Lemos. Dona Celeste também retribuiu o carinho, ajudando seu irmão Jorge a construir o museu Casa Pelé, uma réplica da casa natal de Pelé em Três Corações, ambientada nos anos 1940. Há também uma estátua de Dondinho e Pelé a alguns quarteirões dali.

Durante a internação de Pelé no Hospital Albert Einstein, a família postou fotos, mas Dona Celeste não apareceu em nenhuma delas, pois ela vive reclusa em Santos.