Justiça de SP autoriza quebra de sigilo bancário do pastor Valdemiro Santiago e do presidente da Igreja Mundial

Valdemiro Santiago
Valdemiro Santiago

Valdemiro Santiago e Mateus Machado de Oliveira são réus em andamento onde o proprietário de um imóvel em Guararema, no interior de São Paulo, cobra cerca de R$ 22 mil da Igreja Mundial por aluguéis atrasados. O dono do imóvel quer que o evangelista e o presidente da igreja sejam responsabilizados pela dívida.

A Justiça de São Paulo autorizou a violação do sigilo bancário do apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, e do atual presidente da associação, Mateus Machado de Oliveira. Eles são réus em um processo for falta de pagamento de aluguel no município de Guararema, no interior paulista, que cobra cerca de R$ 22 mil em aluguéis não pagos pela igreja fundada por Valdemiro.

A determinação sobre a queda de sigilo do pastor foi tomada pela juíza Monica Di Stasi, da 3ª Vara Cível de São Paulo, no último dia 10 de fevereiro, e tem conforme objetivo indagar se o patrimônio da Igreja Mundial confunde-se com o do fundador.

O proprietário do imóvel de Guararema pretende que o apóstolo e o real presidente da Igreja Mundial sejam responsabilizados pela dívida não paga pela entidade.

No andamento, Mateus Machado e Valdemiro dizem que a dívida é da igreja, e que eles não podem ser atingidos pela cobrança: “Valdemiro Santiago não faz seção do contrato social da igreja e nem assinou o contrato de locação como fiador”, afirmam os advogados do apóstolo, Felipe Palhares e Flávio Nery.

Ao solicitar a apuração dos sigilos, o advogado do dono do imóvel, Douglas Dias Marcos, alega, entretanto, que há “clara conexão e obrigação direta” ou “claro tentativa de ludíbrio e blindagem de patrimônio” de Valdemiro ao tentar se isentar das responsabilidades jurídicas da organização fundada por ele.

“Corrobora a essa temática o conhecido abastamento de bens ostentados pelo ‘apóstolo’. Por outro lado, posto que se procede a uma simples consulta de CNPJ, questiona-se como pode o ‘representante mor’ da organização viver de forma nababesca, acumulando patrimônios, ao mesmo período em que ‘sua organização’ apresenta exponencial aumento em número de igreja simultâneo a um ‘score’ de baixíssima credibilidade (98% de possibilidade de descumprimento)”, afirmou o advogado.

O site do G1 procurou os advogados da Igreja Mundial para falar sobre a quebra dos sigilos, mas não recebeu retorno até a última atualização dessa reportagem.