Pix – o Que Pode Dar Errado?

O Pix é um meio de pagamento imediato criado pelo Banco Central.

É uma nova opção ao lado de TED, DOC e cartões que possibilita qualquer pessoa ou empresa, fazer transferências de valores, também realizar ou receber pagamentos. Com o Pix, qualquer uma dessas transações, poderão ser realizar em menos de 10 segundos, usando apenas aplicativos de celular.

É uma função que depois de baixada no aparelho celular, vai surgir como um aplicativo para os clientes de bancos, instituições financeiras e outras empresas de pagamento.

Na hora de fechar uma transação, seja um pagamento ou envio de dinheiro, basta escolher o Pix no aplicativo como forma de realizar a operação. O Banco Central oferece como vantagens do Pix, que o serviço está disponível 24 horas por dia, inclusive finais de semana, que as transações serão concluídas em menos de 10 segundos e que o Pix será gratuito para pessoas físicas, inclusive MEI’s (microempreendedores individuais).

O PIX começou a valer desde novembro do ano passado. E até agora, já foram realizadas mais de 300 milhões de transações, que movimentaram mais de R$ 300 bilhões. Os resultados são bastante impressionantes, no entanto, já foram comentados alguns problemas.
Para cadastrar o Pix é preciso primeiro criar uma chave Pix.

Essa chave representa o endereço da sua conta no Pix. Para criar uma chave Pix, a pessoa ou empresa precisa usar 03 (três) formas de identificação: CPF/CNPJ, e-mail e número de telefone celular. Também tem a opção do uso da chave aleatória. A chave aleatória é uma forma de receber um Pix sem precisar informar dados pessoais. Serve como um login, ou seja, um conjunto de números, letras e símbolos gerados aleatoriamente que identificará a conta do destino de recursos.

Portanto, todo o cuidado é pouco, na hora de mexer em suas finanças. Qualquer distração e desatenção que se tem, como, por exemplo, efetuar uma operação durante uma festa, dirigindo na estrada ou simplesmente em uma reunião qualquer com vária pessoas falando ao mesmo tempo; pode acarretar uma própria “confusão” na hora de digitar ou seus dados, ou o número do PIX (chave). Este é o primeiro “ problema” que ocorre com a operacionalidade dessa inovação.

Outro “problema” ocorre em casos bem peculiares. Um cliente pode se confundir e inverter as chaves que cadastrou para cada conta. Isso pode acontecer, porque muitos brasileiros possuem conta em mais de um banco, e a chave do PIX é única por conta. Não pode ser repetida, ou seja, você só pode usar seu CPF, telefone ou e-mail como chave em uma única conta.

Consequentemente, no momento de efetuar um pagamento, pode acontece a inclusão de dados errados e, obviamente o depósito não se concretiza. Em seguida, vem a complicação em ter que ligar para o Banco, explicar o problema, esperar pela “via crucis” da investigação do que possa ter ocorrido. Até se descobrir, por exemplo, que o dinheiro foi para outra conta; o tempo perdido deixou um saldo de desgaste e confusão desnecessária.

Um outro “problema” teve notoriedade recente, onde o Banco teve um problema na integração com o Banco Central e, por tanto, estava sem conexão com o sistema PIX. O usuário no momento recebeu o aviso de “falha na conexão”, a qual foi entendida imediatamente como falha do próprio usuário. Então começou outra “confuso”, onde o usuário “resetou” seu WiFi, desligou modem, ligou/desligou o modo avião, e até pediu até para os familiares verificarem o sinal de internet, na residência.

 

Enfim, o Pix é novidade, é inovação. Como tudo que envolve um novo produto dessa área de tecnologia, o funcionamento perfeito ainda não foi atingido. Detalhes que envolvem passos significativos no processo, como as mensagens, treinamento interno, explicações, mudança do site, etc. ainda precisam de ajustes e uma construção planejada e bem estruturada.

Pelo ponto de vista técnico, os bancos apresentam falhas ao duplicar transferências feitas via PIX. Isto é devido a um erro do sistema ao fazer a integração com a plataforma do Banco Central e, dessa forma, acabar reprocessando ordens que já haviam sido executadas.
Como os sistemas dos bancários já existem a muitos anos e, sempre operaram com regras de negócio bastante definidas, as mudanças com o PIX, as quais se processam em décimos de segundos; esbarram na lógica dos sistemas e em milhares linhas de código, na maioria do tempo.

Até novembro do ano passado, qualquer operação de depósito ou pagamento efetuados durante o fim de semana, era recebido pelo sistema bancário, que colocava na “fila” e executada somente no início da semana. Com o pIX, isso acontece na hora.

Afora os “problemas” apresentados, o PIX só apresenta vantagens e veio realmente para facilitar a vida das pessoas.